Festival de Inverno 2017 chega ao fim
Os 50 anos do Festival de Inverno Ouro Preto e Mariana |
Fórum das Artes 2017 foi encerrado neste domingo (23/7). O homenageado da vez
foi o tradicional clube Zé Pereira dos Lacaios, que completou 150 anos, sendo
um dos blocos carnavalescos mais antigos do país. A abertura do evento, no dia
oito de julho, contou com a presença do Secretário de Cultura de Minas Gerais, Ângelo
Oswaldo; do prefeito de Ouro Preto, Júlio Pimenta; secretário de Cultura,
Turismo e Patrimônio de Mariana, Efraim Rocha; da reitora da UFOP, Cláudia
Marliére; representante da Secretaria de Ensino Superior do Ministério de
Educação | MEC, Mauro Rabelo; e do pró-reitor de extensão, Marcos Knupp.
A trupe Residência apresentou um espetáculo sobre a história
do Festival de Inverno. A criação do evento pela Escola de Belas Artes da
Universidade Federal de Minas Gerais | UFMG, em 1967; a fundação do grupo de
dança Corpo e da banda Uakti; a prisão da companhia de teatro Living Theater; a
saída e o retorno do festival à antiga capital mineira foram alguns dos
acontecimentos históricos interpretados pelo grupo.
FAOP no Festival de Inverno
Ofertando oficinas, montando, divulgando e realizando a
curadoria de diversas exposições artísticas a Fundação de Arte de Ouro Preto |
FAOP contribuiu para o êxito do Festival de Inverno Ouro Preto e Mariana. Desta
forma, a Fundação ajuda a manter a cidade e a região como pólos culturais no
Brasil e no Mundo.
A Casa do Rosário, na
Rua Getúlio Vargas, recebeu trabalhos dos artistas belo-horizontino XikãoXikão
e de Léo Piló.
O reaproveitamento de resíduos sólidos pelo artista e
carnavalesco Léo Piló foi à tônica do Ressignificados.
A exposição que trouxe trabalhos feitos com plásticos, linhas de costura,
cinzeiros buscou despertar a importância de uma economia criativa, que entenda
as benesses de se preservar recursos naturais para as futuras gerações.
Já o jovem XikãoXikão traz fotos, desenhos e instalações que
discutem as redes sociais, com a exposição Copy of a Copy. Apresentando obras que discutem a funcionalidade das selfies e
outras situações existentes do universo online, além de tencionarem noções de
identidade e alteridade, de terno e efêmero. Estas exposições atraíram mais de
800 pessoas à Casa do Rosário, durante os quase vinte dias em que estiveram
abertas a visitação, durante o Festival de Inverno.
Mineiridades trouxe um pouco da
representatividade do estilo de vida do mineiro. As salas do SESI Ouro Preto,
na Praça Tiradentes, apresentaram um pouco das fazendas, barroco mineiro,
Jequitinhonha e celebrações típicas.
O Centro de Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto
| UFOP recebeu a exposição sobre os 80Anos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional | Iphan. No
local, totens contavam a história da fundação do instituto, alguns dos bens
imateriais protegidos pelo órgão, além de cidades que também estão sob os
olhares do Iphan, como Ouro Preto, Tiradentes, Diamantina e outras.
Esculturas, pinturas, fotografias e afins fizeram parte da
exposição [Re]conhecendo, no Grêmio
Literário Tristão de Ataíde | GLTA, que expôs parte do seu acervo. As obras que
foram colocadas na Sala Ivan Marquetti eram de artistas que já expuseram
naquele espaço. Nomes como Gabriela Rangel, Ana Fátima Carvalho e Eduardo Tropia
foram alguns dos que estavam abertos à visitação.
O Museu Casa Guignard expôs uma série de ilustrações do
pintor Alberto da Veiga Guignard, que dá nome ao local. As imagens apresentadas
foram veiculadas no Suplemento de Artes e Letras do jornal carioca A Manhã,
entre 1942 e 1948. A exposição, chamada de Álbum Guignard, buscou difundir mais
trabalhos do artista responsável por diversas imagens mineiras.
O Coletivo Olho de Vidro, formado pelos fotógrafos Eduardo
Tropia, Antônio Laia, Alexandre Martins e pelo poeta Guilherme Mansur, se
reúnem anualmente com o objetivo de apresentar um novo olhar sobre algum tema
proposto pelo poeta. Normalmente, tendo Ouro Preto como pano de fundo. Neste
ano, a exposição Cantando a Pedra
ficou aberta a visitação no anexo do Museu da Inconfidência.
A cultura local, por meio de artistas residentes em Ouro
Preto, também teve destaque durante as festividades. A Casa dos Contos recebeu
trabalhos de 22 artistas residentes em Ouro Preto e que apresentem obras
realizadas com as mais diversas técnicas, como esculturas, pinturas, colagens
com pinturas, entre outros. Um OlharSobre a Cultura Popular foi o tema da exposição criada a partir da
construção coletiva dos artistas.
O principal homenageado do evento foi o clube Zé Pereira dos Lacaios que completou 150
anos, um dos mais antigos blocos carnavalesco do país. O pessoal do projeto
Residência contou a história do clube, preservando o bloco carnavalesco, um
documentário sobre a história e atividades do Zé Pereira.
Arte Sacra é uma dos principais atrativos da região histórica
de Ouro Preto. Neste cenário, a cidade de Mariana apresentou a exposição Mariana, Arte Sacra Para o Céu, na qual obras
históricas ficaram abertas a visitação, na Igreja da Confraria de Nossa Senhora
Rainha dos Anjos, contando com o trabalho de diversos artistas marianenses.
Tesoura e papéis são tratados com uma delicadeza única,
apresentando esculturas minimalistas, a artista KK Bicalho recorta pontos
turísticos e patrimônios vivos da cidade de Belo Horizonte. Igrejinha da
Pampulha, Mercado Central, Praça Sete, Clube da Esquina e outros pontos foram
retratados na exposição Contos Daqui PraLá que ficou aberta a visitação na Casa de Gonzaga.
OFICINAS MINISTRADAS NA
FAOP
O Coletivo Olho de Vidro, já citado anteriormente, foi
responsável por ofertar uma oficina aonde os alunos tiveram sete dias para
fotografar algum tema escolhido pelos integrantes do coletivo e serem avaliados
pelos fotógrafos.
O carnavalesco Léo Piló, responsável pela exposição
Ressignificados, ministrou duas oficinas na Casa do Rosário, da Fundação de
Arte de Ouro Preto | FAOP. A Confecção de Cruzes e Bases para Mandalas com Rolode Papel ensinou os estudantes a reutilizar materiais para fazer cruzes e bases
para mandalas. Já o Suporte para Carregar Celular reaproveita lona de banner e
outros materiais, que podem ser usados para criação de sacolas, porta crachá,
bolsas e afins.
A Cidade Performa foi uma oficina ministrada em Mariana que
buscou resgatar a Memória Autobiográfica e Memória da Cidade por meio da
fotografia. A cidade, corpo e a fotografia se interagem buscando evidenciar as
memórias da cidade.
Miniaturas do Zé Pereira dos Lacaios e da Baiana foram confeccionadas
pela artista Ilka Harry. Os participantes aprenderam técnicas que irão ajudar a
manter a tradição, ajudando a perpetuar a cultura local.
A empresária Dany Vianna ministrou uma oficina sobre técnicas
variadas de decoração em unhas, apresentando técnicas simples, básicas e
criatividade para customizar unhas. A oficineira explanou técnicas como
carimbagem, aplicação de stencils, foils, strass, fitas, esponjado e outras
técnicas. Os ensinamentos foram aplicados pelos próprios alunos em sequência.
Cianotipia e câmeras pinhole foram utilizadas na oficina
Fotografia para Dias de Sol, ministrada de forma lúdica, oferecendo aos
participantes a chance de produzirem e registrarem suas visões. Os processos
permitem que os inscritos vivenciem técnicas diversas de fotografias.
A oficina de confecção de máscaras, dada no Núcleo de Arte,
na Praça Antônio Dias, ensinou os alunos a utilizarem papel, cola, tesoura na
criação de máscaras que podem ser utilizadas em trabalhos de arte, peças de
teatro e afins.