A cidade de Ouro Preto recebeu, ao longo desta semana, uma edição do Latino Graff, festival internacional de arte urbana que chega à sua décima edição promovendo o intercâmbio entre artistas da América Latina e da França. O evento acontece graças à parceria entre a Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e a Prefeitura Municipal de Ouro Preto. A realização do Latino Graff em Ouro Preto conta também com o apoio da Diretoria de Comunicação Institucional (DCI), da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, por meio da Coordenadoria de Cultura, da Prefeitura do Campus Universitário e da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis da Ufop.
“Na edição de 2025, o Brasil foi o país escolhido e as cidades envolvidas no Brasil neste projeto foram Itaperuna e Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, e Ouro Preto, em Minas Gerais”, destaca César Teixeira de Carvalho, assessor técnico de Promoção e Extensão Cultural da Faop. A edição em Ouro Preto conta com a presença dos artistas franceses Takir e Licea, além do colombiano Daniel Virgüez, curador do festival e coordenador do projeto. As atividades tiveram início no último sábado (20/09), com a chegada da equipe à cidade, e se estenderam ao longo da semana com oficinas, roda de conversa, práticas artísticas e a produção de murais urbanos.
O artista marianense Bruno Miné, aluno da Faop e participante da ação, destacou a importância da iniciativa para sua formação: “Estar no Latino Graff é uma oportunidade de aprendizado imensa. Desde a oficina na Faop já me vieram várias inspirações para os meus trabalhos, além do contato direto com outros artistas e novas linguagens. Acho essencial estar presente no que acontece na cena artística da cidade, principalmente quando se trata de arte urbana”, compartilhou.
“Para nós é um momento muito importante, porque além do intercâmbio entre os artistas brasileiros e franceses, a gente está tendo a oportunidade de produzir oficinas”, afirma César. Ele destaca as ações realizadas com alunos do Núcleo de Arte e Ofícios da Faop e da Escola Municipal Professor Raimundo Felicíssimo, em Amarantina. “Houve uma produção muito significativa, com uma força de trabalho muito grande, envolvendo os alunos. Toda a comunidade escolar ficou muito satisfeita com o resultado produzido”. As oficinas aconteceram nos dias 22 e 23 de setembro. Já no dia 24, teve início uma intervenção coletiva no Centro de Vivência do Restaurante Universitário da Ufop, que será transformado com cores, formas e expressões artísticas ao longo de quatro dias de pintura colaborativa entre os artistas e estudantes da Faop.
Para o coordenador do projeto, Daniel Virgüez, o festival é também um espaço de conscientização. “A proposta deste ano gira em torno do tema ‘A Selva Renasce’. A ideia é sensibilizar o público sobre a importância da proteção da floresta, sobretudo da Amazônia, por meio da arte urbana. Com os murais, buscamos despertar a curiosidade e oferecer novos imaginários, conectando diferentes territórios e experiências culturais”, disse Daniel.
Além das atividades pedagógicas e dos murais produzidos pelos artistas estrangeiros e estudantes locais, o festival é também um espaço de troca de experiências e fortalecimento da arte urbana como ferramenta de transformação social.