Alunos da Escola Municipal Monsenhor João Castilho Barbosa, de Ouro Preto, participaram de oficina de isogravura que integrou o projeto interdisciplinar da escola, intitulado “Mãos que Aprendem, Mãos que Ensinam, Mãos que se Completam”. A ação aconteceu em no Núcleo de Arte e Ofícios da Faop e reuniu arte e pedagogia.
A parceria foi mediada pela pedagoga Simone Quites, do Núcleo de Arte e Ofícios, que identificou na arte uma resposta à demanda da escola. “A demanda era oferecer oficinas de atividades manuais aos estudantes do 1º Período da Educação Infantil e do 5º Ano do Ensino Fundamental”.
Dessa forma, para atender os alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, foi oferecida a Oficinas de Isogravuras para as duas turmas, ministrada pela artista e professora Ana Fátima Carvalho, pela manhã com o 5° no e a tarde com a turma do 1° período acompanhados de mães e pais, sob o tema “As mãos e o que elas podem fazer”. A técnica de isogravura permitiu aos estudantes explorar a coordenação motora e a expressão artística. “Trabalhamos com a importância das mãos, em um projeto lindo. A empolgação das crianças era contagiante. Eles desenhavam as mãos sobre o isopor e tiravam cópias na Prensa de Gravura. Foi um dia de aventura para as crianças e para mim também”, contou Ana Fátima.
O projeto veio da reflexão sobre o processo de alfabetização em diferentes estágios de vida, focando no potencial e nos desafios das mãos. Como explicou a professora da escola Débora Fernandes da Silva, “a ideia surgiu sobre a dificuldade, porém a vontade de ser alfabetizado. A criança que entra na escola tem as mãos flexíveis, mas não sabe o traçado, a medida que vão crescendo falta ânimo, porém têm flexibilidade nas mãos e na EJA já não há essa mão flexível, mas muita vontade.”
Os trabalhos criados na oficina de Isogravura, junto a outras produções e de outras turmas da escola, como das turmas de Educação para Jovens e Adultos (EJA), foram reunidos na exposição “Mãos que Aprendem, Mãos que Ensinam, Mãos que se Completam”. A mostra ficou aberta a exposição entre os dias 10 a 27 de outubro, no Museu Casa dos Contos, na Sala Vicente Vieira. “Mais do que objetos, apresentamos narrativas tecidas por mãos habilidosas as que guiam, as que tentam, as que alimentam, as que criam, as que se adaptam, as que não desistem, as que, juntas, alcançam a perfeição na colaboração”, reiterou Débora.
A exposição é um conjunto de trabalhos manuais, incluindo pinturas feitas com as mãos que simbolizam o aprendizado, o ensino e o complemento mútuo entre diferentes gerações e culturas.
Alguns registros das duas turmas nas oficinas:
