O IPHAN em Minas Gerais – 80 anos de História

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional | Iphan completa, em 2017, 80 anos de atuação frente ao patrimônio cultural. Neste ano como parte da programação da curadoria de artes visuais do Festival de Inverno, o Centro de Artes e Convenções da UFOP abriga a partir do dia 19 de julho uma exposição que conta a história do Instituto e sua atuação em Minas Gerais. 

Garantindo a preservação de bens materiais e imateriais que vão da origem indígena dos primeiros habitantes do Brasil à colonização européia, passando pela cultura trazida pelos africanos escravizados, imigrantes japoneses e diversos outros povos, o Iphan é tido como o principal órgão em preservação cultural do país. O projeto embrionário de criação do Instituto foi imbuído em 1938, pelo então Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, ao poeta e escritor Mário de Andrade.

Minas Gerais, que possui cerca de 40% dos bens tombados pelo Iphan em todo o país, conta com nove conjuntos urbanos protegidos que reúnem milhares de edificações, pequenos conjuntos e bens isolados em 51 municípios, além de bens ferroviários móveis e imóveis, quatro coleções de arte em museus e mais de três mil sítios arqueológicos e seus acervos.

A presença desses patrimônios pode ser notada nos bens imateriais, como o modo artesanal de se fazer queijo nas regiões do Serro, nas serras da Canastra e do Salitre; o toque dos sinos; o ofício de sineiro e de mestre de capoeira; da roda de capoeira; e do jongo do sudeste, típica expressão da cultura afro-brasileira, que mistura danças, percussão e práticas de magia, tendo se consolidado nos negros escravizados que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar no sudeste do Brasil.

Os bens materiais também estão representados no estado com importantes peças do barroco, como as 12 esculturas dos Profetas criadas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, em Congonhas; pelo Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, com diversas construções que contam com a assinatura do arquiteto Oscar Niemayer; e a cidade de Ouro Preto, que recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, em 1980.

A exposição tem entrada franca, com visitação de segunda a sexta-feira, no Centro de Convenções de Ouro Preto, no Salão Sabará. Esse trabalho faz parte da curadoria de artes visuais do Festival de Inverno Ouro Preto e Mariana | Fórum das Artes 2017, que este ano comemora 50 anos.


Exposição: 80 anos do Iphan

Abertura: 19 de julho

Público: Comunidade e Turistas - Entrada Franca

Visitação: 19 a 23 de julho

Local: Centro de Convenções de Ouro Preto | Salão Sabará


29/06/2017